EM BREVE NO BRASIL - RENAULT DUSTER

Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação

A Renault resolveu, de vez, empurrar os modestos carros da romena Dacia para o Brasil. Depois do Logan e do Sandero, o próximo será o utilitário esportivo Duster, que chega em 2011 para concorrer com o já veterano Ford Ecosport.

E como os seus irmãos, o Duster será fabricado em São José dos Pinhais (PR) com a assinatura e o emblema da marca francesa. E, visualmente, é só o emblema, mesmo. A adaptação de Dacia para Renault não mudou em nada a aparência do carro.

A dianteira continua parecida com a da Amarok, da Volkswagen. A traseira musculosa lembra a Nissan X-Terra. Na lateral, ficou muito parecido com o também falecido Nissan Terrano. Já o interior, principalmente o painel, é praticamente o mesmo do Logan e do Sandero. O espaço interno promete ser bom. O utilitário tem 4,31 metros de comprimento, 1,82 m de largura e 1,62 m de altura. A distância entre-eixos é de 2,67 m.


A não ser que apareça algo mais moderno, um motor já é praticamente certo: o mesmo Renault 1.6 16v Hi-Flex, usado desde o Clio e também, claro, no Logan e no Sandero. Há a possibilidade do Duster ganhar a opção do 1.8 16v da Nissan, usado no Tiida e no Livina. Outra alternativa seria o 2.0 16v do Sentra, da mesma montadora japonesa. No Duster da Dacia, o câmbio manual tem opção de cinco ou seis marchas.

Como tem estilo de utilitário esportivo, o "jipinho" deverá ter opção de tração 4x4, com seleção de modo 4x2, 4x4 ou bloqueio de diferencial, feita através de um botão giratório no console. Contudo, como o seu rival da Ford, a maior parte da produção deve ficar com a versão de tração dianteira. Um detalhe curioso é que esta última versão terá um porta-malas maior que o modelo com força nas quatro rodas: 475 contra 439 litros.


De equipamentos de conforto ou segurança o Duster não deverá ter novidades. Ar condicionado manual, trio elétrico, air bag duplo e freios ABS. Talvez haja um controle de estabilidade, disponível no Dacia.

Apesar de eu preferir o Renault Koleos, mais sofisticado, o Duster deverá chegar com boa vantagem ao Brasil se concorrer com a atual versão do Ecosport, que após oito anos, vai ganhar um concorrente de verdade e não rivais improvisados como o Crossfox e a Palio Adventure. O cenário deve mudar só em 2012, quando estão previstos o utilitário derivado do Chevrolet Agile e a nova geração do Ecosport.

Como a tradução do seu nome sugere a famosa música da Ivete Sangalo, o Duster vai levantar poeira no segmento?

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