Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
A partir do ano que vem o New Fiesta será fabricado no Brasil, provavelmente em São Bernardo do Campo (SP). Ele também deve perder o prenome New, tirar o antigo Rocam de linha e, se a Ford não sacanear, deve ganhar um novo visual, que a filial europeia apresentou na semana passada e será mostrada ao público no Salão de Paris. Já nós, brasileiros, poderemos conhecê-lo no Salão de São Paulo, em outubro.
A frente ficou mais agressiva, com novos capô, para-choque e faróis de neblina. Os faróis principais agora estão mais espichados e a grade maior, inspirada na versão esportiva ST. Vai acabar aquela entrada de ar diferente para a Europa e para a América. Aliás, foi mais uma uniformização para toda a linha Fiesta do que uma renovação. Uniformização, aliás, para toda a marca. O utilitário Ecosport, o médio Focus ST, a versão elétrica da minivan C-Max e o novo Fusion/Mondeo já têm esta aparência. Lateral e traseira praticamente não mudaram, a não ser nas novas rodas e nas luzes das lanternas.
O interior também foi levemente reformado, apesar da manutenção do estilo estrutural do painel. O console central trocou a máscara cromada e os comandos de telefones celulares por uma máscara em plástico brilhante e teclas mais horizontais. A tela do sistema multimídia ficou maior e colorida. A esperança é que os materiais tenham ficado mais refinados.
Na lista de equipamentos do Fiesta europeu estão presentes o My Key - que é um dispositivo que faz com que os pais possam garantir uma direção mais segura aos filhos, podendo configurar a velocidade máxima que o carro poderá alcançar, bem como o volume máximo do sistema de som - e o sistema Active City Stop, que ajuda o motorista a evitar colisões. Com ele, um sensor instalado no para-brisa detecta a presença de objetos parados ou lentos a uma distância de 7,6 metros à frente, reduzindo a velocidade do veículo (se estiver entre 15 e 30km/h) ou parando completamente (até 15 km/h). O SYNC, que trabalha com comando de voz para rádio e telefone, continua presente.
Também na Europa, o Fiesta passará a ter a opção do motor 1.0 Ecoboost, que é turbo e de três cilindros. Aqui, futuramente deve ganhar o 1.0 comum, ou Rocam ou um derivado do Sigma, para entrar em novos mercados.
Atualmente, o Fiesta vem importado do México. Com a sua fabricação no Brasil ele deve ganhar novas versões mais simples e disputar mercado com modelos mais baratos, como o Volkswagen Fox, o Fiat Palio e o Chevroelt Agile. Se não acontecer nada disso, então torcemos para que o SE ganhe mais equipamentos ou baixe o preço.