NO MERCADO - CHEVROLET COBALT 1.8

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Texto: Gustavo do Carmo

Fotos: Divulgação

O Chevrolet Cobalt chegou ao mercado no final do ano passado com a difícil missão de substituir, de uma só vez, as carrocerias sedã do Corsa e do Astra. Espaçoso e com 563 litros no porta-malas, ele enterrou a lembrança do compacto. Mas faltava um motor mais potente para conquistar os antigos proprietários do sedã médio. O EconoFlex 1.4 não dava conta do recado.

Este fôlego chegou há um mês, com o motor 1.8 e a opção de câmbio automático. A transmissão é até moderna: a mesma caixa dos globais Cruze e Sonic, com seis marchas. Já o motor é aquele 1.8 Powertrain, derivado dos antigos Monza e Kadett nos anos anos 80 e 90 e repaginado no início da década passada nos Fiat Palio, Dobló e Stilo e o Corsa, um dos seus antecessores.

Revisto mais uma vez, foi rebatizado de EconoFlex e rende 106 cavalos com gasolina e 108 cv com álcool, menos que o antigo, que rendia 115 cv. O torque é de respectivos 16,4 e 17,1 kgfm. O conjunto também é usado na minivan Spin, outro novo modelo da Chevrolet com a missão de suceder dois carros antigos (Meriva e Zafira).

Com o motor 1.8 e o câmbio automático, o Cobalt ganhou mais desempenho e agilidade, mas ainda não é o ideal. Segundo a revista Quatro Rodas, ele acelera de 0 a 100 km/h em 11,7 segundos, exatamente o mesmo tempo do novo Toyota Etios Sedan, que tem motor 1.5. O 1.4, que continua em linha, acelera em 13,5 seg. A retomada entre 80 e 120 km/h é feita em 9,8 segundos, mas graças ao câmbio automático. O 1.4 manual fez a marca em 18,8, seg. O consumo é de 6,9 km/litro na cidade e 9,5 km/l na estrada. A média de 1.4 é de 7,2 e 9,9 km/l, respectivamente. O carro foi testado com álcool.

A frenagem e o nível de ruído também melhoraram, de acordo com a mesma publicação. A 80 km/h a imobilização demora 26,6 metros, a melhor do segmento (o 1.4 para 28,9 metros), e o seu ruído é de 60,2 decibéis (61,2 dB no 1.4), também uma das melhores.

Visualmente o Cobalt 1.8 se difere pelo discreto aerofólio na tampa traseira, novas calotas da versão LT e na top LTZ máscara escura nos faróis, rodas de alumínio diamantadas (brilhosas), cromados nos frisos laterais, régua da tampa do porta-malas e fundo das lanternas. A básica LS não ganhou as novidades.

Os preços do Cobalt com motor 1.8 começam em R$ 43.690 na versão LT, que vem equipada com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas com acionamento elétrico, airbag duplo e freios ABS com EBD, além de coluna de direção com regulagem de altura, alarme anti-furto, computador de bordo e luz de leitura para os passageiros do banco traseiro. Com câmbio automático, o preço sobe para R$ 46.690 e ainda acrescenta piloto automático e volante revestido de couro.

Trezentos reais a mais custa o LTZ 1.8 manual, que adiciona faróis de neblina dianteiros, maçanetas internas e comandos do ar-condicionado cromados, volante em couro com controle de rádio e celular em ambas as versões (manual e automática), barra cromada na traseira, rádio AM/FM com leitor para MP3, Bluetooth e entrada USB, espelhos retrovisores com regulagem elétrica, acionamento elétrico de todos os vidros e sensor de estacionamento, a novidade entre os equipamentos. O LTZ automático fecha por R$ 49.990, também com piloto automático de "brinde".

No comparativo contra Fiat Grand Siena, Nissan Versa, Volkswagen Voyage e Toyota Etios que você lerá aqui no Guscar nos próximos dias, o sedã compacto da Chevrolet vai participar com a versão 1.4, mais acessível, para equilibrar o confronto. Entretanto, o motor 1.8 poderá fazer a diferença na hora da compra e levar o consumidor a escolher o Cobalt. Mas ainda falta mais potência, equipamentos, como um ar condicionado digital, e um acabamento interno melhor para o Astra ficar de vez no passado.